segunda-feira, 19 de setembro de 2011
CSN pode ser multada por falta de aviso sobre vazamento de óleo
Cerca de 85% da água que abastece o Estado do Rio vem do Paraíba do Sul. Ainda não se sabe a toxicidade nem a quantidade de material que vazado, mas a indicação é de que não houve mortandade de peixes.
"Há duas questões muito graves nesse vazamento: primeiro que a CSN não fez a comunicação à superintendência de meio ambiente em Volta Redonda no momento em que detectou o problema. Em segundo lugar, a CSN, que já passou por processo de melhorias ambientais enorme, se deparar com uma situação de não conseguir detectar e controlar o vazamento", disse a secretária Estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos.Técnicos da secretaria coletaram amostras de água do Rio Paraíba do Sul para analisar os impactos ambientais causados pelo derramamento.
A CSN informou, por meio de nota, que o vazamento de óleo carboquímico na Usina Presidente Vargas já foi estancado durante esta madrugada e está controlado. Imediatamente após o início do vazamento, a empresa reforçou ações de contenção, com a instalação de barreiras adicionais àquelas instaladas de forma preventiva e permanente com este objetivo. As novas barreiras foram colocadas e mantidas no Rio Paraíba do Sul, na altura do emissário principal da Usina, para impedir que o óleo ainda remanescente se encaminhe para o rio.
Esta é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que a CSN se envolve com problemas ambientais. No fim de junho, uma espessa nuvem de fuligem de carvão cobriu grande parte da cidade de Volta Redonda, na região centro-sul do estado. A poluição foi causada por um problema no alto forno 3 da Usina Presidente Vargas.
A CSN divulgou, por meio de nota, que o vazamento da fuligem de carvão foi devido a "uma sobrepressão no topo do alto forno 3", provocando a abertura das válvulas de alívio, deixando escapar o material poluente por dois minutos e dezenove segundos. Naquela ocasião, o Inea multou a empresa em R$ 450 mil pela poluição causada à atmosfera.
* Notícia publicada em um site paranaense, no dia 04/08/09. Segue o link:
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=116632&t=csn-pode-ser-multada-por-falta-de-aviso-sobre-vazamento-de-oleo
domingo, 3 de julho de 2011
Impactos Ambientais da CSN no Rio Paráiba do Sul
<04/08/2009> Esta é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que a CSN se envolve com problemas ambientais. No fim de junho, uma espessa nuvem de fuligem de carvão cobriu parte da cidade de Volta Redonda, no centro-sul do Estado do Rio. A poluição foi causada por um problema no alto-forno 3 da Usina Presidente Vargas. A CSN afirmou, em nota, que o vazamento da fuligem foi causado por uma "uma sobrepressão no topo do forno", que provocou a abertura das válvulas de alívio, deixando escapar o material poluente por dois minutos e 19 segundos. Na ocasião, o Inea também autuou a empresa.
<27/11/2010> Equipes do Instituto Estadual do Ambiente, órgão executivo da Secretaria de Estado do Ambiente, identificaram um vazamento de proporção ainda não dimensionada que atingiu o Rio Paraíba do Sul na manhã deste sábado, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
A substância de cor escura, segundo constataram os técnicos, é proveniente da Estação de Tratamento de Efluentes do Alto Forno 2 da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e está se espalhando rapidamente pelo leito do rio, principal fonte de abastecimento de água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
<11/03/2011> Um vazamento de resíduos químicos em depósitos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, na região sul do Rio de Janeiro, está levando material tóxico para o rio Paraíba do Sul - a principal fonte de abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas no Estado, entre os quais 85% dos moradores da região metropolitana. Segundo o procurador da República Rodrigo Lines, ainda não é possível mensurar as proporções e o impacto dessa contaminação.
"Nas primeiras intervenções que fizemos, descobrimos a existência de um córrego que passa por todas essas áreas e deságua diretamente no rio Paraíba do Sul. Ainda não é possível precisar o grau de contaminação e o impacto socioambiental, mas não tenho a menor dúvida de que esse riacho está levando material tóxico para o rio", afirma Lines.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
O rio e a empresa
Sua curva deu nome a cidade.
Os principais afluentes do rio Paraíba do Sul são o Jaguari, o Buquira, o Paraibuna, o Piabanha, o Pomba e o Muriaé. Esses dois últimos são os maiores e deságuam, respectivamente, a 140 e a 50 quilômetros da foz. Entre os sub-afluentes, está o rio Carangola, importante rio da bacia do rio Paraíba do Sul, posto que serve a duas unidades da federação, o Estado de Minas Gerais e o Estado do Rio de Janeiro.
Foi neste rio que encontraram a estátua de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em meados de 1717.
A bacia do rio Paraíba do Sul tem uma área de 56.500 km², abrangendo não só as regiões do Vale do Paraíba Paulista e Fluminense, mas também o Noroeste Fluminense e grande parte da Zona da Mata Mineira.
Trata-se de território quase completamente antrópico, com a Mata Atlântica original restrita a parques e reservas florestais. O próprio rio tem seu curso marcado por sucessivas represas, destinadas à provisão de água e eletricidade para as populações da bacia e também daRegião Metropolitana do Rio de Janeiro. Em razão disso, o rio encontra-se hoje em estadoecológico crítico, com margens assoreadas e 40% da sua vazão desviada para o Rio Guandu. Suas águas também são utilizadas para abastecimento industrial, preservação daflora e fauna e disposição final de esgotos.[2]
A bacia do rio Paraíba do Sul tem como principais atividades econômicas os setores industrial e de agropecuária. O médio vale do Paraíba foi a primeira grande região produtora de café no Brasil, com a economia baseada em latifúndios e no trabalho escravo. Com a perda da primazia na produção cafeeira para o oeste paulista, seguiu-se uma estagnação econômica, sucedida por sua vez, a partir da fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, por um processo de industrialização que fez do vale uma das maiores regiões industriais do país.
A industrialização se concentrou na parte alta do vale, sendo mais relacionada à linha principal da Estrada de Ferro Central do Brasil, ligando o Rio de Janeiro a São Paulo, do que ao rio Paraíba propriamente dito, deixando de lado boa parte da região de desenvolvimento cafeeiro, principalmente as fazendas mais afastadas da ferrovia, depois suplantada em importância pela Rodovia Presidente Dutra.
Sua principal usina hoje produz cerca de 6 milhões de toneladas de aço bruto e mais de 5 milhões de toneladas de laminados por ano, sendo considerada uma das mais produtivas do mundo.