A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pode receber multa por não ter notificado o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do vazamento de uma quantidade ainda não revelada de óleo da Usina Presidente Vargas no Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda, no Sul Fluminense, no último domingo.
Cerca de 85% da água que abastece o Estado do Rio vem do Paraíba do Sul. Ainda não se sabe a toxicidade nem a quantidade de material que vazado, mas a indicação é de que não houve mortandade de peixes.
"Há duas questões muito graves nesse vazamento: primeiro que a CSN não fez a comunicação à superintendência de meio ambiente em Volta Redonda no momento em que detectou o problema. Em segundo lugar, a CSN, que já passou por processo de melhorias ambientais enorme, se deparar com uma situação de não conseguir detectar e controlar o vazamento", disse a secretária Estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos.Técnicos da secretaria coletaram amostras de água do Rio Paraíba do Sul para analisar os impactos ambientais causados pelo derramamento.
A CSN informou, por meio de nota, que o vazamento de óleo carboquímico na Usina Presidente Vargas já foi estancado durante esta madrugada e está controlado. Imediatamente após o início do vazamento, a empresa reforçou ações de contenção, com a instalação de barreiras adicionais àquelas instaladas de forma preventiva e permanente com este objetivo. As novas barreiras foram colocadas e mantidas no Rio Paraíba do Sul, na altura do emissário principal da Usina, para impedir que o óleo ainda remanescente se encaminhe para o rio.
Esta é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que a CSN se envolve com problemas ambientais. No fim de junho, uma espessa nuvem de fuligem de carvão cobriu grande parte da cidade de Volta Redonda, na região centro-sul do estado. A poluição foi causada por um problema no alto forno 3 da Usina Presidente Vargas.
A CSN divulgou, por meio de nota, que o vazamento da fuligem de carvão foi devido a "uma sobrepressão no topo do alto forno 3", provocando a abertura das válvulas de alívio, deixando escapar o material poluente por dois minutos e dezenove segundos. Naquela ocasião, o Inea multou a empresa em R$ 450 mil pela poluição causada à atmosfera.
* Notícia publicada em um site paranaense, no dia 04/08/09. Segue o link:
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=116632&t=csn-pode-ser-multada-por-falta-de-aviso-sobre-vazamento-de-oleo